segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Todas as palavras de Outono

Todas as palavras em ti, são um rio que ora vai mais lento, doce e vagaroso,
Com as arvores de ramos pendentes de quem se quer ver ao espelho,
Que me fazem sorrir e sentir confortavel,
E nelas quero nadar, submergido na tua companhia,
És como uma corrente que corre devagar mas inexorável de quem sabe onde querer ir
Ora aceleram, em rápidos saltos por cima de pedras numa torrente forte e irascível.
Que me tira do meu torpor e me faz ser mais
E desagua numa foz espraiada em sorrisos.
No reflexo invertido da água reconheço-me como salmão, peixe de mar e rio,
Que reconheceu em ti a origem e destino
Que ouviu um chamamento a meio da vida Sei o com as certezas absolutas em mim de que em ti quero navegar
Aprendendo devagar, a rodear os caprichos de um rio selvagem ,
A ir para a frente e ser mandado para trás
Nadar nadar, calmamente até à tua fonte
E cumprir o desígnio que me trouxe aqui.

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